Um grito contra a violência em Quirinopolis
Um dos assuntos mais discutidos em Quirinópolis em 2013, foi sem sombra de dúvida, a escalada da violência que faz voltar à tona a alcunha pela qual a cidade ficou conhecida em praticamente todo o Brasil a partir da década de 1960 - Criminópolis. Embora a violência pela qual a cidade era conhecida se valia sobretudo de uma violência caracterizada por conflitos doméstico, sobretudo de famílias que lutavam pela hegemonia das terras locais, principalmente na formação de chefes de famílias valentões que tinha com inspiração o forasteiro nordestino Lampião, conforme cita Cavalcante (2001).
Mas hoje essa violência está bastante diversificada, mas tendo como principal centro irradiador, os furtos aos comércios. Mesmo que seja um problema infiltrado do convívio humano desde os primórdios da sociedade, hoje em Quirinópolis, se transformou em um verdadeiro drama urbano.
De acordo com Santos (1993) a cidade é um espaço marcado pela complexidade de suas relações, a cidade e, consequentemente os agentes que a compõe engendram entre si debates acerca das mais diferentes questões. E sem dúvida quaisquer que sejam as questões, o poder público administrativo estará sempre presente. Neste contexo, Quirinópolis hoje se insere neste espaço complexo, onde entender esse desafio urbano hoje, que se chama violência não é tarefa fácil. Apontar culpados, as vezes torna-se fácil e até mesmo conveniente. Mas no entanto retratar e diagnosticar de maneira cirúrgica o problema não é tarefa fácil.
Hoje Quirinópolis vive em uma ebulição econômica e demográfica fruto de grandes investimentos no setor sucroalcooleiro, fazendo com que tenha uma atratividade natural de pessoas de diferentes parte do Brasil em busca principalmente de oportunidades de trabalho, paralelo a isso atrai também pessoas que as vezes pela falta de oportunidade, sendo que não as permitem uma inserção no mercado de trabalho, devido a um forte apelo de qualificação de mao-de-obra, faz com que busquem alternativas de sobrevivência. Encontrando-se assim com as práticas ilícitas que combinam com outros problemas urbanos, como o culto a riqueza e a luxuria e a fatídica aura do mundo dos entorpecentes.
A partir do momento que os setores organizados da sociedade não discutem e não conseguem identificar o surgimento desses problemas, e não planejam nem executam políticas afirmativas no sentido de se fazer uma blindagem social a eles, cria um ambiente perfeito para a eclosão dos mesmos.
Os furtos a mão armada hoje em Quirinópolis é sem dúvida o maior drama urbana, que tem incomodado e tirado o sossego de uma parte da sociedade local que ainda não tinha enfrentado tal situação.
Na tentativa de buscar alternativas para o enfrentamento, é inegável que o Conselho Municipal de Segurança não tem ficado de braços cruzados. Mas hoje o que se percebe necessita muito mais que uma ação do conselho para neutralizar os efeitos desse drama urbano. Hoje faz-se necessário grandes investimentos em um policiamento ostensivo e com um contingente que se equilibre com as estatística e os altos índices de incidência de delitos de toda espécie.
O sentimento instalado hoje na sociedade quirinopolina é que algo deve ser feito imediatamente, assim sendo, em uma despretensiosa conversa com meus alunos da Faculdade Quirinópolis, os mesmo me incentivaram e encorajaram a deflagrar uma campanha nas redes sociais. E em menos de 24h as postagens com a logomarca da campanha já tinha mais de 500 compartilhamento.
Participação popular
Junto a campanha foi criada também uma enquete, solicitando do internauta qual a ação mais urgente hoje em Quirinópolis. Sendo que foram dadas opções para que os mesmos escolhessem essas ações. A plataforma enquetes para facebook, hospedou a sondagem, que nos dias 13 e 14 de fevereiro teve a participação de mais de 250 pessoas. E que a partir de 20 de fevereiro será reaberta.
Abaixo o resultado da primeira rodada da sondagem do “enquetes para facebook”.
Postagem da citação com maior incidência
A campanha e a logomarca
Quem disse que é so o branco a cor da paz? Abaixo alguns post publicados nas redes sociais. A diversidade de cores decorre principalmente pela ‘cromopatologia’ pela qual sofre os quirinopolinos (sic). Onde cores associam a escolhas e ideologias. Assim sendo, apresentou-se uma diversidade de cores para compartilhamento. Vejam abaixo
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