terça-feira, 26 de junho de 2018

Suprema Corte mantém proibição de viagem oriundas de países muçulmanos para os Estados Unidos - Traduzido por Leon Alves Correa


A Suprema Corte confirmou nesta terça-feira a proibição decretada pelo presidente Trump de pessoas viajarem de países majoritariamente muçulmanos para o solo dos Estados Unidos da América, dando um robusto endosso ao poder de Trump de controlar o fluxo de imigração para os Estados Unidos em um momento de agitação política sobre o tratamento dos imigrantes no México. fronteira. Em uma votação de 5 a 4, os conservadores do tribunal disseram que o poder estatutário do presidente sobre a imigração não foi prejudicado por sua história de declarações incendiárias sobre os perigos que ele disse que os muçulmanos representam para os americanos.

Suprema Corte dos Estados Unidos da América

Trump, que enfrenta os desafios da corte desde os primeiros dias de sua administração, elogiou a decisão de manter sua terceira versão de uma ordem executiva como uma "tremenda vitória" e prometeu continuar usando seu escritório para defender o país. contra o terrorismo e o extremismo. "Essa decisão é também um ato de profunda defesa depois de meses de comentários histéricos da mídia e dos políticos democratas que se recusam a fazer o que é preciso para proteger nossas fronteiras e nosso país", disse o presidente em um comunicado divulgado pela Casa Branca logo depois. a decisão. A reivindicação veio mesmo quando Trump está se recuperando de semanas de controvérsia sobre sua decisão de impor tolerância zero na fronteira sul dos Estados Unidos, levando a imagens politicamente ameaçadoras de crianças sendo separadas de seus pais quando as famílias cruzam os Estados Unidos sem a devida documentação. . Trump e seus conselheiros, em muito argumentam que os presidentes recebem ampla autoridade para reformular a forma como os EUA controlam suas fronteiras. As tentativas do presidente para fazer isso começaram com a proibição de viajar e continua hoje com sua demanda pelo fim da “captura e liberação” de imigrantes ilegais. Em comentários durante uma reunião com legisladores na terça-feira, Trump saudou a decisão do tribunal e prometeu continuar lutando pela construção do Muro na fronteira mexicana. “Temos que ser duros e temos que estar seguros e temos que estar seguros”, disse ele, acrescentando que a construção do Muro na fronteira “interrompe as drogas. Isso impede a entrada das pessoas que não queremos ter em nosso País. ” Escrevendo para a maioria, o juiz John G. Roberts Jr. disse que Trump tinha ampla autoridade estatutária para fazer julgamentos de segurança nacional no campo da imigração. E ele rejeitou um desafio constitucional à mais recente ordem executiva de Trump sobre o assunto, sua terceira, esta emitida como uma proclamação em setembro. fonte: © 2018 www.nytimes.com: The New York Times, 26 de junho de 2018

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Autorizada a venda de Etanol pela Usinas Sucroalcooleiras - aumento da Concorrência deve baixar preço do Etanol.


Na terça-feira (19), os Senadores aprovaram em Plenário, a proposta que autoriza a venda de etanol diretamente do produtor aos postos de combustíveis. Por incrível que pareça, foram 47 votos a favor e apenas dois contra. De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), o PDS 61/2018 pretende aumentar a concorrência no mercado de combustíveis e, consequentemente, diminuir o preço final para o consumidor. O projeto de resolução segue agora para votação na Câmara dos Deputados, que ainda depende de aprovação para homologação final pelo Presidente Temer. O projeto susta o artigo 6º da Resolução 43/2009, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse artigo determina que um produtor de etanol (fornecedor) só pode comercializar o produto com outro fornecedor cadastrado na ANP, com um distribuidor autorizado pela agência ou com o mercado externo. Entretanto, conforme explicou a líder do MDB no Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a resolução está de acordo com a legislação vigente e, assim, a melhor saída seria o Congresso alterar a legislação por meio de um projeto de lei e não apenas sustar o decreto. Mesmo assim, a senadora disse apoiar o objetivo principal da proposta e preferiu não direcionar o voto, liberando a bancada do PMDB. A questão dividiu os senadores: uns querendo a votação imediata do PDS e outros pedindo a ampliação do debate para que houvesse mais subsídios antes da votação da matéria. Otto Alencar disse que seu projeto trata do álcool hidratado, que é vendido nas bombas de combustível para automóveis, e não do álcool anidro, que é usado para ser misturado na gasolina. O senador afirmou que esse mercado está cartelizado e oligopolizado, o que acaba aumentando o preço final ao consumidor.
— Aqui está o problema do alto preço do combustível: o monopólio. É um cartel que domina completamente no Brasil, e esse cartel precisa ser quebrado. Não se pode deixar de haver concorrência, absolutamente. Esse projeto não vem aqui prejudicar os que já estão distribuindo, vem dar oportunidade a outras empresas, para que possam se organizar para também distribuir o etanol hidratado mais próximo dos postos — explicou. Ele acrescentou que os produtores não serão obrigados a vender o biocombustível diretamente, mas terão mais essa possibilidade. — O projeto não vai fazer com que nenhuma distribuidora credenciada pela Agência Nacional do Petróleo deixe de distribuir. Absolutamente! Elas vão continuar distribuindo. O que o projeto faz é dar oportunidade a que surjam outras distribuidoras, inclusive no Nordeste, para distribuir em igualdade de condição e, com isso, aumentar a competitividade e baixar o preço do álcool hidratado na bomba, que sai a R$1,57 da usina e é vendido a R$3,50 na bomba, porque há distribuidoras que são credenciadas pela ANP e, como tal, dominam num oligopólio que precisa ser quebrado no Brasil — afirmou.

Fortalecimento da defesa do Consumidor

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou parecer favorável ao PDS, argumentando que a resolução da ANP exorbitou os poderes da agência reguladora. Ele disse que o decreto legislativo vai retirar obstáculos para que as usinas sucroalcooleiras comercializem o álcool hidratado diretamente com os postos de combustível. Isso, pontuou Valadares, fortalece a defesa do consumidor. Para Humberto Costa (PT-PE), a autorização para a venda direta deveria ter sido feita há muito tempo pelo Congresso. Ele disse que a intermediação para distribuir o álcool é desnecessária em muitos casos e que o preço do combustível deve baixar nas bombas. E afirmou que não haverá perdas arrecadatórias para estados e municípios e que a ANP continuará fiscalizando a qualidade dos combustíveis em todo o país. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) também apoiou o projeto que, em sua opinião, vai democratizar a comercialização de etanol. Ela disse que a atual proibição é uma “excrescência protecionista e corporativista”. Renan Calheiros (MDB-AL), por sua vez, comentou que a proibição de comercialização direta é uma reserva de mercado que estimula o oligopólio. — As distribuidoras hoje são apenas atravessadores. É um privilégio absurdo — disse. Jorge Viana (PT-AC) afirmou que a aprovação vai beneficiar principalmente estados do Norte e Nordeste, onde a logística de transportes é mais complexa. Para Reguffe (sem partido-DF), a aprovação foi “uma vitória dos consumidores brasileiros”. Também apoiaram o PDS os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Benedito de Lira (PP-AL), Cristovam Buarque (PPS-DF), Raimundo Lira (PSD-PB), Fátima Bezerra (PT-RN), José Agripino (DEM-RN), Omar Aziz (PSD-AM) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Fonte: Agência Senado BR (junho de 2018)