sábado, 6 de julho de 2013

PROJETO 8 SEGUNDOS - Presente na 34a. Exposição Agropecuária de Quirinópolis


Uma Iniciativa de amparo aos competidores em Touro
O projeto * 8 Segundos * é uma atividade pioneira no Brasil, idealizado e criado pelo professor Leon Alves Corrêa (UEG/FAQUI) e por Marlon Rodrigues (ex-aluno da UEG) o projeto hoje leva no nome de Quirinópolis para os quatro cantos do País. O projeto foi criado em 2004. Em seus quase dez anos de execução o projeto ja realizou aproximadamente quinze edições, onde participaram aproximadamente 340 competidores. O objetivo principal do projeto é realizar uma avaliação física com os competidores em touro. O projeto este ano não mais terá a parceria da UEG Quirinópolis, pois o prof. Leon Alves Correa foi desligado da Unidade Universitária de Quirinópolis no mês de Janeiro de 2013, por decisão do Diretor Prof. Gilberto Celestino e coord. do Curso de Geografia Edevaldo A. Souza, que informaram aos acadêmicos, que o mesmo não possuia a formação e a qualificação esperado para o curso de Geografia da mesma Unidade. Sendo assim foi remanejado para a UEG de Pires do Rio, inviabilizando a realização do projeto em parceria com a UnU Quirinópolis. Mas a força do projeto foi demonstrada pelo estabelecimento de duas fortes parcerias, uma com a Prefeitura Municipal de Quirinopolis e outra com a Faculdade Quirinópolis - FAQUI. Os monitores do projeto este ano, serão escolhidos dentre os acadêmicos do curso de Enfermagem. Programação do Projeto

EUA espionaram milhões de mensagens, emails e blogs brasileiros (inclusive este Blog)


País aparece como alvo na vigilância de dados e é o mais monitorado na América Latina

O ex-técnico da CIA Edward Snowden, que denunciou um gigantesco esquema de espionagem liderado pela Agência Nacional de Segurança dos EUA HANDOUT foto: agência Reuters

É o que demonstram documentos aos quais O GLOBO teve acesso. Eles foram coletados por Edward Joseph Snowden, técnico em redes de computação que nos últimos quatro anos trabalhou em programas da NSA entre cerca de 54 mil funcionários de empresas privadas subcontratadas - como a Booz Allen Hamilton e a Dell Corporation. No mês passado, esse americano da Carolina do Norte decidiu delatar as operações de vigilância de comunicações realizadas pela NSA dentro e fora dos Estados Unidos. Snowden se tornou responsável por um dos maiores vazamentos de segredos da História americana, que abalou a credibilidade do governo Barack Obama. Os documentos da NSA são eloquentes. O Brasil, com extensas redes públicas e privadas digitalizadas, operadas por grandes companhias de telecomunicações e de internet, aparece destacado em mapas da agência americana como alvo prioritário no tráfego de telefonia e dados (origem e destino), ao lado de nações como China, Rússia, Irã e Paquistão. É incerto o número de pessoas e empresas espionadas no Brasil. Mas há evidências de que o volume de dados capturados pelo sistema de filtragem nas redes locais de telefonia e internet é constante e em grande escala. Criada há 61 anos, na Guerra Fria, a NSA tem como tarefa espionar comunicações de outros países, decifrando códigos governamentais. Dedica-se, também, a desenvolver sistemas de criptografia para o governo. A agência passou por transformações na era George W. Bush, sobretudo depois dos ataques terroristas em Nova York e Washington, em setembro de 2001. Tornou-se líder em tecnologia de Inteligência aplicada em radares e satélites para coleta de dados em sistemas de telecomunicações, na internet pública e em redes digitais privadas. O governo Obama optou por reforçá-la. Multiplicou-lhe o orçamento, que é secreto como os de outras 14 agências americanas de espionagem. Juntas, elas gastaram US$ 75 bilhões no ano passado, estima a Federação dos Cientistas Americanos, organização não governamental especializada em assuntos de segurança. Outro programa amplia ação A NSA tem 35,2 mil funcionários, segundo documentos. Eles informam também que a agência mantém “parcerias estratégicas” para “apoiar missões” com mais de 80 das “maiores corporações globais” (nos setores de telecomunicações, provedores de internet, infraestrutura de redes, equipamentos, sistemas operacionais e aplicativos, entre outros). Para facilitar sua ação global, a agência mantém parcerias com as maiores empresas de internet americanas. No último 6 de junho, o jornal “The Guardian” informou que o software Prism permite à NSA acesso aos e-mails, conversas online e chamadas de voz de clientes de empresas como Facebook, Google, Microsoft e YouTube. No entanto, esse programa não permite o acesso da agência a todo o universo de comunicações. Grandes volumes de tráfego de telefonemas e de dados na internet ocorrem fora do alcance da NSA e seus parceiros no uso do Prism. Para ampliar seu raio de ação, e construir o sistema de espionagem global que deseja, a agência desenvolveu outro programas com parceiros corporativos capazes de lhe fornecer acesso às comunicações internacionais. Um deles é o Fairview, que viabilizou a coleta de dados em redes de comunicação no mundo todo. É usado pela NSA, segundo a descrição em documento a que O GLOBO teve acesso, numa parceria com uma grande empresa de telefonia dos EUA. Ela, por sua vez, mantém relações de negócios com outros serviços de telecomunicações, no Brasil e no mundo. Como resultado das suas relações com empresas não americanas, essa operadora dos EUA tem acesso às redes de comunicações locais, incluindo as brasileiras. Ou seja, através de uma aliança corporativa, a NSA acaba tendo acesso aos sistemas de comunicação fora das fronteiras americanas. O documento descreve o sistema da seguinte forma: “Os parceiros operam nos EUA, mas não têm acesso a informações que transitam nas redes de uma nação, e, por relacionamentos corporativos, fornecem acesso exclusivo às outras [empresas de telecomunicações e provedores de serviços de internet].” Companhias de telecomunicações no Brasil têm esta parceria que dá acesso à empresa americana. O que não fica claro é qual a empresa americana que tem sido usada pela NSA como uma espécie de “ponte”. Também não está claro se as empresas brasileiras estão cientes de como a sua parceria com a empresa dos EUA vem sendo utilizada. Certo mesmo é que a NSA usa o programa Fairview para acessar diretamente o sistema brasileiro de telecomunicações. E é este acesso que lhe permite recolher registros detalhados de telefonemas e e-mails de milhões de pessoas, empresas e instituições. Para espionar comunicações de um residente ou uma empresa instalada nos Estados Unidos, a NSA precisa de autorização judicial emitida por um tribunal especial (a Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira), composto de 11 juízes que se reúnem em segredo. Foi nessa instância, por exemplo, que a agência obteve autorização para acesso durante 90 dias aos registros telefônicos de quase 100 milhões de usuários da Verizon, a maior operadora de telefonia do país. Houve uma extensão do pedido a todas as operadoras americanas - com renovação permanente. Fora das fronteiras americanas, o jogo é diferente. Vigiar pessoas, empresas e instituições estrangeiras é missão da NSA, definida em ordem presidencial (número 12333) há três décadas. Na prática, as fronteiras políticas e jurídicas acabam relativizadas pelos sistemas de coleta, processamento, armazenamento e distribuição das informações. São os mesmos aplicados tanto nos EUA quanto no resto do mundo. Todo tipo de informação armazenada Desde 2008, por exemplo, o governo monitora com autorização judicial hábitos de navegação na internet dentro do território americano. Para tanto, exibiu com êxito um argumento no tribunal especial: o estudo da rotina online de “alvos” domésticos proporcionaria vigilância privilegiada sobre a prática online cotidiana de estrangeiros. Assim, uma pessoa ou empresa “de interesse” residente no Brasil pode ter todas as suas ligações telefônicas e correspondências eletrônicas - enviadas ou recebidas - sob vigilância constante. A agência armazena todo tipo de registros (número discado, tronco e ramal usados, duração, data hora, local, endereço do remetente e do destinatário, bem como endereços de IP - assim como sites visitados). E faz o mesmo com quem estiver na outra ponta da linha, ou em outra tela de computador. Começa aí a vigilância progressiva pela rede de relacionamento de cada interlocutor telefônico ou destinatário da correspondência eletrônica (e-mail, fax, SMS, vídeos, podcasts etc.). A interferência é sempre imperceptível: “Servimos em silêncio” - explica a inscrição numa placa de mármore exposta na sede da NSA em Washington. Espionagem nesse nível, e em escala global, era apenas uma suspeita até o mês passado, quando começaram a ser divulgados os milhares de documentos internos da agência coletados por Snowden dentro da NSA. Desde então, convive-se com a reafirmação de algumas certezas. Uma delas é a do fim da era da privacidade, em qualquer tempo e em qualquer lugar. Principalmente em países como o Brasil, onde o “grampo” já foi até política de Estado, na ditadura militar. Visualizações do Blog do Leon (desde 2009) Brasil, 4179 Estados Unidos, 594 (mais de 256 visualizações foram de espionagem de conteúdo) Rússia,163 Alemanha, 83 Malásia, 21 Portugal, 20 Argentina, 14 Holanda, 13 Ucrânia, 13 França, 12

domingo, 9 de junho de 2013

DIA 05 DE JUNHO - DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE



No dia 05 de junho comemora-se o dia do meio ambiente.

A criação da data foi em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobam o planeta, mais conhecido como conferência das Nações Unidas. A conferência reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais, em que a pauta principal abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, de tal modo que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade. Nessa reunião, criaram-se vários documentos relacionados às questões ambientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governantes diante do problema. A importância da data está relacionada às discussões que se abrem sobre a poluição do ar, do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, destruição das espécies vegetais e das florestas, extinção de animais, dentre outros. A partir de 1974, o Brasil iniciou um trabalho de preservação ambiental, através da Secretaria Especial do Meio Ambiente, para levar à população informações acerca das responsabilidades de cada um diante da natureza. Mas em face da vida moderna, os prejuízos ainda estão maiores. Uma enorme quantidade de lixos é descartada todos os dias, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros em geral, papéis e papelões, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies de animais. A política de reaproveitamento do lixo ainda é muito fraca, em várias localidades ainda não há coleta seletiva; o que aumenta a poluição, pois vários tipos de lixos tóxicos, como pilhas e baterias são descartados de qualquer forma, levando a absorção dos mesmos pelo solo e a contaminação dos lençóis subterrâneos de água. É importante que a população seja conscientizada dos males causados pela poluição do meio ambiente, assim como de políticas que revertam tal situação. E cada um pode cumprir com o seu papel de cidadão, não jogando lixo nas ruas, usando menos produtos descartáveis e evitando sair de carro todos os dias. Se cada um fizer a sua parte, o mundo será transformado e as gerações futuras viverão sem riscos. O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.

Os principais objetivos das comemorações são:

• Mostrar o lado humano das questões ambientais; • Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável; • Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais; • Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.

“A data é um convite para todo o planeta se envolver com a causa ambiental. Todos podemos participar”

Aderindo a campanha do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente


Mais de um bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas a cada ano. Para reverter esta situação, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançaram no dia 22 de janeiro a campanha global contra o desperdício de alimentos “Pensar. Comer. Conservar. Diga não ao Desperdício”. A iniciativa se dirige especialmente aos consumidores, comerciantes e outros atores sociais da área gastronômica e de hospedagem e reunirá diversas ações contra o desperdício, reunidas em um portal (www.thinkeatsave.org). Segundo a FAO, um terço dos alimentos é perdido durante os processos de produção e venda, um desperdício equivalente a um trilhão de dólares. “Nas regiões industrializadas, quase metade da comida descartada, cerca de 300 milhões de toneladas por ano, ainda está própria para o consumo. Esta quantidade é equivalente a toda a produção de alimentos da África Subsaariana, e suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas”, informou o Diretor-Geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. A campanha fornecerá informações e dicas para evitar o desperdício, reduzir o impacto ambiental e poupar recursos. Os consumidores serão incentivados a não se deixar seduzir por estratégias para consumir mais do que o necessário. Já os comerciantes podem oferecer descontos em produtos próximos da data de validade. A iniciativa é coordenada pelo Save Food Initiative, ação da FAO e da Messe Düsseldorf, e pelo “Desafio Fome Zero”, do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. Participam também organizações como a WRAP UK, de incentivo à reciclagem, e Feeding the 5000, que distribui alimentos que seriam descartados, além de outros parceiros, como governos nacionais com experiência em políticas contra o desperdício. Saiba detalhes sobre a campanha, em português, no site do PNUMA clicando aqui. http://www.pnuma.org.br/comunicados_detalhar.php?id_comunicados=236

terça-feira, 28 de maio de 2013

IPAMERI - Riqueza Cultural e Econômica


Amanda Dias Brandão, Bruna Rodrigues Carrijo, Juliana Aparecida Pires Nascimento e Maicon Douglas Nascimento Vale

Ipameri foi a primeira cidade do estado de Goiás a contar com energia elétrica gerada no próprio município e uma das primeiras da Região Centro-Oeste do Brasil a contar com esse tipo de energia, antes mesmo da capital do estado. A Usina Hidroelétrica do Rio do Braço hoje desativada, recebeu máquinas importadas, especialmente da Alemanha e tornou-se, juntamente com o rio que a impulsiona, uma atração para o município. Ipameri entrou em um período próspero nessa época, tornando-se uma das regiões mais ricas do estado. Foi quando, além de receber água encanada e energia elétrica, produzida na própria cidade a partir da Usina do Rio do Braço, foi fundado lá o primeiro jornal do estado, o primeiro sindicato rural, a primeira emissora de rádio (Rádio Xavantes) e o primeiro jóquei clube (Hipódromo Firmo Ribeiro), onde aconteciam competições de hipismo de nível nacional. O cinema, que também poucas cidades goianas possuíam, foi inaugurado com o nome de Cine Estrela. Dada a situação econômica privilegiada da cidade, foi aqui instalada a primeira agência do Banco do Brasil do estado de Goiás.


Neste painel não há como destacar o trabalho da Ipamerense e apaixonada por cultura Beth Costa, que em breve terá um blog especial de uma coletânea de fotografias que compõem o seu belíssimo trabalho. aguardem

VIANOPOLIS - Nos trilhos da Estrada de Ferro Goiás


Amanda Aparecida Marques Rodrigues e João Pereira de Souza

O município de Vianópolis teve início em terras da antiga Fazenda Tavares, em conseqüência da Estrada de Ferro Goiás. Quando, em 1924, o Diretor da Estrada marcou o lugar para ser construída a Estação, Felismino de Souza Viana adquiriu parte da fazenda e deu início à povoação denominada Vianópolis, em sua homenagem. Com a inauguração, em 1926, da rede de energia elétrica, de propriedade do fundador Levy Fróes, a localidade se desenvolveu, inclusive, no setor comercial, gerando rivalidade com Bonfim, hoje Silvânia, território em que se localizava.


Destaca-se ainda neste painel a arte de meu amigo "Marcio Wayne", que com suas belíssima fotografias deram o tom deste trabalho. Em Breve este artista terá um espaço especial, aqui neste blog. Com uma coletânea de sua coleção de fotografias. aguardem.

SILVANIA - Casarões em Destaque


Amanda Caroline Rocha Campos, Igor Cardoso da Silva e Maik Antonio Nunes da Silva

De acordo com a artista plástica silvaniense, Carmem Silva, os Casarões constituem uma da principais marcas da cidade de Silvânia. Tanto é verdade, que existe um projeto denominado ‘Casarões de Silvânia’, que reune diversos artistas plásticos da cidade em torno da temática, que tem por objetivo evidencia e posterizar a eternidade um dos maiores símbolos da cidade. Segundo a artista, foram esses atributos que reacenderam, nos idealizadores do Projeto Casarões de Silvânia, o propósito de realizar um trabalho de pintura, cuja temática focasse Bonfim/Silvânia. Pensava-se em produzir uma obra que identificasse Silvânia, mas que recordasse, de alguma forma, o cenário de Bonfim. Depois de pronta, a obra seria doada para uma instituição que repre-sentasse, culturalmente, a cidade, concluiu a artista.

SÃO MIGUEL - do Passa Quatro?


Bruno Cavalcante Vieira, Paulo Henrique Lopes da Rocha e Matheus da Silva Chaves

A origem desse nome tão curioso surgiu primeiramente como uma singela homenagem à São Miguel, até aí tudo bem, mas quem decidiu colocar "Passa Quatro" porque sempre que alguém perguntava: "Pra onde que é São Miguel?", e respondiam: "Passa quatro riberão e ocê tá lá". Mas essa história não passa de mito, porque não existe ninguém no mundo em sã consciência que se rebaixe a perguntar "onde fica São Miguel", até os piores seres do universo guardam um restinho de integridade e amor próprio em seus corações.

SANTA CRUZ DE GOIAS - As Cavalhadas


Ana Gabrielly Bento Picolo, Franciele Santos Araujo, Lucas Fernandes Brito e Renan Sebastião Cardoso Ferreira

As Cavalhadas de Santa Cruz constituem uma das mais importantes festas de Goiás, genuina representante da história cultural e religiosa de Goiás. A festa possui data móvel. Como as demais cavalhadas, o ritual consiste no confronto entre mouros e cristãos, representados respectivamente pelo rei e pelo imperador. A celebração atrai cerca de 5 mil pessoas/dia. Além das Cavalhadas, Santa Cruz de Goiás exibe ao visitante, há 138 anos, a Contradança, um ritual de origem francesa, manifestação folclórica de beleza singular. A dança constitui-se na evolução artística de 10 mascarados (em trajes vermelhos) e seus pares, em igual número (são rapazes travestidos). Há ainda dois palhaços e uma pequena banda. Os mascarados, na verdade, representam os nobres. O restante do pessoal forma o grupo de apoio. Numa cadência rítmica, eles marcam os passos da dança, numa evolução de harmonia e cores

PIRES DO RIO - Estação Ferroviária de Pires do Rio


Kerolaine Ribeiro da Silva, Rômulo da Silva Garcia e Thamyris Mota Martins Barbosa

Pires do Rio tem suas peculiaridades até quanto à sua fundação. Existe uma polêmica quanto à pessoa do fundador do município. Alguns pensam que é o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, outros, o coronel Lino Teixeira de Sampaio. O motivo da discórdia é um obelisco situado, hoje, na Praça do Mercado Municipal que diz que o eng. Balduíno fundou o município em 9 de novembro de 1922. Quem o apóia diz que ele idealizou a instalação de uma Estação Ferroviária do outro lado do Rio Corumbá, pois a construção da Ponte Epitácio Pessoa deu possibilidade para que a ferrovia continuasse seu trajeto. No dia da fundação, a já citada ponte e a Estação Ferroviária de Pires do Rio foram inauguradas. No mesmo dia, o eng. Balduíno falou em seu discurso que estava fundada pois a cidade de Pires do Rio teve este nome em uma homenagem ao então ministro da Aviação, José Pires do Rio. Ele esteve em Goiás no dia 25 de agosto de 1921 para inspecionar as obras de construção da Ponte Epitácio Pessoa. Ainda segundo a corrente da cidade que defende o eng. Balduíno, o povoado que começou a surgir em torno da estação foi projetado por Álvaro Sérgio Pacca, desenhista chefe da Estrada de Ferro Goiás, a quem o eng. Balduíno teria dito que ele veria o que seria a cidade dali 20 anos.

PALMELO - A Cidade mais Espírita do Brasil


Elvira Rodrigues Costa Alves, Lucas Ribeiro Alves e Rúbia Rodrigues da Silva

O município de Palmelo, no Sul de Goiás, detém a maior proporção de espíritas do País. E reproduz, no dia-a-dia, porque 45.5% da sua população de 3.335 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, segue o espiritismo como religião. "A cidade nasceu (em 1929) e cresceu em torno do centro espírita", diz a professora Vânia Arantes, uma mineira de 62 anos, que vive há 42 anos em Palmelo, distante 125 quilômetros de Goiânia. Um das pessoas mais influentes, Arantes explica que ao contrário da maioria dos municípios, que surgiram a partir do sino e a Igreja Romana, em Palmelo, cujo símbolo é a pomba branca "primeiro nasceu o Centro Espírita Luz da Verdade, depois a cidade". E os pioneiros "converteram" quem chegavam, por meio do evangelismo. "Nem todo mundo é espírita na cidade", diz o pastor pentecostal Jovino Pereira. Ele diz que os segmentos evangélicos têm crescido na cidade, e atraído seguidores tanto do catolicismo quanto do espiritismo. E as mudanças devem ao direito a liberdade de culto, da Constituição de 1891.

domingo, 26 de maio de 2013

ORIZONA - Paróquia de Nossa Senhora da Piedade


Daniel Mariano Gonçalves e Rosane da Silva Matias

A Paróquia de Nossa Senhora da Piedade não é apenas um símbolo de religiosidade em Orizona, ela confunde-se com a própria história da cidade. Em 2012 a mesma completou 100 anos de existência, centenário comemorado com uma grande festa em homenagem a São Sebastião.

GAMELEIRA - Fé e Religiosidade


Fábio Francisco dos Santos; Pedro Henrique Alves de Souza e Rodrigo Vilela da Silva

Os gameleirenses sempre foram movidos pela fé, prova disso é sua própria Origem. Prova disso foi a grande seca que pairou sobre a cidade no ano de 1963, quando então a população se mobilizou em torno da realização de uma grande novena, e segundo moradores antigos, antes mesmo de terminar a novena, já estava chovendo no vilarejo. Prova material da religiosidade e da fé seu povo.


CRISTIANÓPOLIS - Ruinas da Capela de São Sebastião e Santa Terezinha


A Igreja da Pirraça

Lucas Ribeiro de Silva; Tâmara R. Leite Carneiro Pires e Thayná A. Rodrigues de Souza

A belíssima imagem em destaque é das ruinas da Igreja da Pirraça, que de acordo com historiadores da região encontra-se em uma propriedade particular, mas caso não haja nenhuma iniciativa de tombamento histórico a mesma provavelmente deverá ser demolida. Portanto o destaque conferido às ruinas é mais que uma tentativa de chamar a atenção na busca da preservação de verdadeiro tesouro da história e da cultura não só de Cristianópolis, mas também de Goiás e porque não do Brasil


PROJETO ECONOMIA E POPULAÇÃO DA MICRORREGIÃO PIRES DO RIO


Apresentação


O projeto faz parte da 8ª Jornada de Geografia da UEG Pires do Rio, é uma iniciativa dos professores do curso de Geografia, Leon Alves Corrêa e Waldivino Gomes Firmino. O trabalho teve por objetivo levantar informações acerca das 10 cidades componentes da Microrregião de Pires do Rio. Pela influencia e grande afinidade com Pires do Rio, Ipameri também integrou a pesquisa. O trabalho foi realizado tendo como referências prinicipais, as disciplinas constantes da grade Curricular do 1º ano de Geografia da UEG, Economia Espacial Dinâmica Populacional e Organização e Orientação de Estudos para o ensino Superior. Sendo assim, os acadêmicos do primeiro ano, se dividirão em 11 grupos, onde cada grupo ficou responsável por uma cidade. Os dados tiveram como fonte principal de dados, a plataforma @cidades do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maioria das informações, origina-se da base de dados do "Censo 2010". Ao término do levantamento, cada grupo elaborou um Banner/Painél, em formato 120x080, impresso em alta resolução em lona. Os painéis farão parte de uma exposição durante a realização da 8ª Jornada de Geografia, nos dia 27, 28 e 29 de maio de 2013.

Metodologia

A metodologia utilizada para a pesquisa, foi adotada a partir das microrregiões definidas pelo IBGE (ver painel Metodologia. Em seguida foram identificadas duas grandes dimensões estatísticas, População e Economia. Dentro dessas dimensões foram escolhidas variáveis para busca de informações, tais como, população urbana e rural, Produto Interno Bruto, Número de Matrículas no Ensino Fundamental, etc. Os painéis foram ilustrados com fotografias características das cidades de estudo, sempre com imagens alusivas aos aspectos culturais, históricos, economicos e sociais.


Os painéis serão apresentados em postagens individuais, seguindo uma ordem numérica de 1 a 11. As cidades são: Cristianópolis (1), Gameleira de Goiás (2), Ipameri (11), Orizona (3),Palmelo (4), Pires do Rio (5), Santa Cruz (6), São Miguel do Passa Quatro (7), Silvânia (8), Urutaí (9) e Vianópolis (11). As fotografias utilizadas tiveram diversas origens, mas prinicipalmente do site Panorâmio (Google Images), com destaque para os fotógrafos Márcio Wayne (Vianópolis), Beth Costa (Ipameri) e glauco Borges (Silvânia).

domingo, 14 de abril de 2013


A ESPERA DE UM MILAGRE - O DRAMA DOS HAITIANOS NO ACRE

da Agencia Estado


A disputa no braço por uma quentinha no começo das tardes de quinta e sexta-feira dentro de um galpão na periferia de Brasileia, no Acre, era o reflexo de uma tragédia humanitária que começou em janeiro de 2010 no Haiti e chegou ao Brasil com força dias atrás pela fronteira com o Peru. Passados três anos do terremoto que devastou o país caribenho, 1,3 mil refugiados haitianos lotam um acampamento, passam horas deitados em colchões, sobre placas de papelão, à espera de uma autorização para ingressar oficialmente no território brasileiro. A esse contingente somaram-se nos últimos dias 69 senegaleses, dois nigerianos e até um indiano.


"Perdemos o controle da situação", admitiu no final da tarde calorenta de sexta-feira o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. Diante do aumento no volume de imigrantes nos últimos 25 dias, o local que abrigava 250 pessoas recebeu pelo menos mais mil viajantes. Só entre quinta e sexta-feira, 50 pessoas desembarcaram de táxis e ônibus com suas malas e a esperança de carimbar documentos que lhes permitam viver legalmente no Brasil.

Nilson Mourão, Secretário de Direitos Humanos do Acre

Vendo que a situação se agravara, o governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou situação de emergência humanitária na quarta-feira para atrair atenção de órgãos federais de apoio. Assessores de Viana afirmam que o Itamaraty vem ignorando a situação dos haitianos e deixando para o Estado a administração do problema migratório. A iniciativa do governador deu resultado. Uma força-tarefa da burocracia federal, composta por diversos ministérios e órgãos federais, baixou em Brasileia na tarde de sexta-feira para tentar aliviar a pressão no município, que possui cerca de 25 mil habitantes.

Haitianos em Brasiléia (AC) lutam por um prato de comida

Enquanto as autoridades brasileiras se envolvem em uma retórica burocrática, os imigrantes sofrem com as precárias condições do alojamento de Brasileia. O principal problema é o tempo de demora para a concessão dos papéis necessários para que oficializem sua condição de refugiados. A delegacia da Polícia Federal existente em Epitaciolândia - cidade vizinha, de 15 mil habitantes - estava preparada para atender 30 pessoas por dia nos últimos meses. Com a avalanche de pedidos e o decreto de emergência, tenta agora acelerar os processos com o reforço de funcionários da Receita Federal, responsável pela concessão de CPFs. A promessa é emitir uma centena de documentos e aliviar a pressão em um mês, permitindo aos imigrantes a obtenção de documentos para a posterior retirada da carteira de trabalho especial, em Rio Branco. Sem a documentação, empresas interessadas em contratar os haitianos não conseguem completar a seleção dos trabalhadores.


"As companhias chegam para buscar gente mas ainda não temos os documentos na mão", disse Jonathan Philisten, de 40 anos, que deixou quatro filhos em Porto Príncipe para se aventurar pelo Brasil. Falando em espanhol, o haitiano contou que deixou seu país porque queria ir "para qualquer lugar onde tenha trabalho". Ao lado dele, Elias Ribas, 24 anos, da República Dominicana, apontava para a mulher, Julissa, da mesma idade. "Ela está grávida de cinco meses", ressaltou. "Queremos ir para Rio." Cozinheiro, ele acredita que pode encontrar trabalho para recomeçar a vida longe da terra natal. Seguindo a onda dos haitianos, Ribas reclamou da falta de água no reservatório, instalado ao lado do galpão - que às 14h de sexta-feira estava seco. Pouco depois, uma camionete chegou com galões de 20 litros de água, vendidos ao governo por R$ 4,50 e fornecidos todos os dias por um posto de combustível da região. O indiano Abdul Hoqui enfrentava ainda com esperança a rotina de espera. "Estou aqui há um mês e três dias", disse. Apesar da dura realidade, o nigeriano Sunday Gbesinmi Ebietomere, de 41 anos, ex-funcionário de um aeroporto de seu país, considera o Brasil a esperança para uma vida nova.


É o que deseja também o haitiano Servil Compere, de 26 anos, que chegou no último dia 5 em busca de um irmão que já trabalha em Santa Catarina. Para ele, um emprego significa um recomeço sonhado há meses. Servil contou que foi salva-vidas em Porto Príncipe, antes do terremoto. Encostado em uma árvore, olhava o tumulto da distribuição de comida. "Eu trabalhava na Defesa Civil", dizia, enquanto exibia uma carta de recomendação, escrita em espanhol, atestando suas habilidades e com o número do passaporte. Compere espera que seus documentos sejam liberados para que possa procurar o irmão, Villaduin, que está vivendo na cidade catarinense de Porto Belo. Depois de passar a tarde perambulando pela cidade, percorrendo a pé cerca de 3 quilômetros entre o abrigo de Brasileia e a Rua Santos Dumont, em Epitaciolândia - onde fica a Delegacia da PF - já era noite quando Jonathan Philisten recebeu uma boa notícia. Sua jornada de imigrante não documentado, morador do abrigo de refugiados, seria trocada por uma viagem de cerca de 4 mil quilômetros até a região de Maringá, no Paraná, para trabalhar em uma granja de frangos.

Na microrregião Quirinópolis, a vida dos haititanos é bem diferente

por Leon Alves Corrêa

Segundo dados das prefeituras de Caçu e Cachoeira Alta, embora não haja um rígido controle acerca da vida dos imigrantes haitianos, sabe-se que quase uma centena de haitianos vivem hoje nas duas cidades, muitos deles em acampamentos na zona rural. O trabalho, na maioria da vezes, se dá em empresas prestadoras de serviços às grandes usinas de etanol. Na lavoura de cana é debaixo de um sol de quase 40 graus e rotina vai das sete da manhã às cinco da tarde. No fim do dia, eles ainda têm energia de sobra e um sorriso no rosto de impressionar. Praticamente todas as usinas de etanol instaladas na Microrregião Quirinópolis, não se utiliza de mão-de-obra braçal na colheita da cana, o trabalho braçal, inclusive o que se utiliza dos haitianos, é apenas no momento do plantio. Os haitianos ocupam ainda algumas funções de manuseio de equipamentos, sobretudo máquinas e equipamentos agrícolas modernos, como é o caso das colheitadeiras de cana (máquinas que custam quase um milhão de reais).


Jacky Delis diz que ainda não se adaptou completamente à mudança, mas que pelo menos agora tem um emprego e é isso que todos querem. Na frente de trabalho estão 10 haitianos, que ajudam a fazer o controle de doenças no campo. Com a ajuda de um facão, eles vasculham planta por planta em busca de algum sinal da broca da cana ou da cigarrinha da raiz, as duas pragas de maior incidência nas lavouras da região. A 20 quilômetros dalí fica a base da usina de bioenergia em Goiás, localizada entre os municípios de Cachoeira Alta e Caçu. Outros 13 haitianos trabalham na indústria, situação bem diferente de dois anos atrás, quando a esperança parecia ter acabado depois do terremoto que devastou o país, deixando mais de 200 mil mortos e milhares de desabrigados. Desde então, muitos haitianos têm buscado ajuda em outros países. Texto sugerido para o desenvolvimento dos conteúdos das disciplinas GEOGRAFIA POLÍTICA e ECONOMIA ESPACIAL, ambas presentes nos cursos de Geografia da UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

sábado, 13 de abril de 2013


GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIO DE OENS (Orientação de Estudos de Ensino Superior)

Questões de 1 a 9 Marque a alternativa correta

1-c

3-b

4-c

5-d

6-a

7-d

8-d

9-d

Marque V (verdadeiro) ou F (falso)

1-v

2-f

3-v

4-v

5-v

6-v

7-f

8-v

9-v

10-v

11-v

12-v

13-v

14-v

Questões discursivas (não há gabarito)

GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIO DE TEORIA DO CONHECIMENTO GEOGRAFICO


GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIO DE OENS (Orientação de Estudos de Ensino Superior)

Questões de 1 a 9 Marque a alternativa correta

1-c

3-b

4-c

5-d

6-a

7-d

8-d

9-d

Marque V (verdadeiro) ou F (falso)

1-v

2-f

3-v

4-v

5-v

6-v

7-f

8-v

9-v

10-v

11-v

12-v

13-v

14-v

Questões discursivas (não há gabarito)

sexta-feira, 12 de abril de 2013


O RELACIONAMENTO ESFRIOU? ESTÁ NO FIM? SAIBA ENTAO COMO REACENDER OU NÃO PERMITIR QUE ELE ACABE

fonte: Blog da Ana Paula Padrão

Boa parte das pessoas, quando fala em estabilidade na relação, explica que a paixão é um dos requisitos essenciais para tudo dar certo. O relacionamento começa com aquele fogo, mas, de repente, um dos lados começa a esfriar. Neste ponto, os defeitos ocultados pela intensidade do sentimento começam a ser mais visíveis e menos tolerados. E, quando menos se espera, uma relação que iniciou com “fogo e paixão”, como na música do Wando, esfria de uma vez. Conversamos com três especialistas em relacionamentos amorosos que apontaram as principais características de uma relação “fria” e ainda explicam como você pode recuperar o antigo fogo da paixão.


Intimidade em excesso na relação

Muitas vezes, por estarmos há muito tempo com uma pessoa, acabamos nos expondo demais ao fazer coisas que não fazíamos no início do namoro, afinal, já temos intimidade e achamos que não precisamos mais conquistar o parceiro. Neste ponto, a relação pode esfriar. “Dividir o banheiro e descuidar do visual, como a parceira usar lingerie desbotada e o cara andar desleixado são alguns exemplos dessa intimidade excessiva”, destaca a professora de sensualidade e personal sex trainer, Rita Ma Rostirolla.


Casal não tem mais tempo para namorar

No início, ambos tinham dia certo e hora para a intimidade, o que fazia do encontro um acontecimento esperado e desejado. Agora que a vida sexual já normalizou, a intimidade não tem mais emoção, virou consequência. Não reservar um tempo para namorar é uma característica que pode revelar um relacionamento frio. Outro fator é quando há o isolamento por causa do namoro. 'Precisamos de tempo com nossos amigos e família e uma coisa não tem nada a ver com a outra. Preservar isso só fortalece a relação e não pressiona a outra pessoa, deixando-a sufocada', alerta Rita.


Casal não se beija como antes

Outra característica que revela uma relação ‘fria’ é quando o casal não se beija como antes. Para a professora de sensualidade e personal sex trainer Rita Ma Rostirolla, o beijo representa a maior intimidade que um casal pode ter. “Tudo começa e termina com o beijo. Alguns casais passam a ter uma vida sexual mais ativa porque têm maior liberdade depois de certo tempo de namoro e, dessa forma, o beijo começa a diminuir. O que antes era intenso e em quantidade fica sem graça e esquecido. Beijo não só cria, mas mantém a intimidade”, alerta a professora.


Não leve discussão para fora de casa Nunca leve uma discussão para fora de casa, para o convívio social e para outras pessoas. Isso pode soar como um insulto à capacidade de seu companheiro ou parceira em conviver de forma saudável e pode “esfriar” ainda mais a relação. “Se a outra parte acabar fazendo isso, mantenha a calma, não discuta. Respire e deixe para conversar melhor quando estiverem a sós”, pondera o psicólogo Rafael Higino.

Uma relação perfeita não existe

A busca por uma pessoa, um namoro ou casamento perfeito sempre vai existir, o importante é lembrar que ninguém alcança a perfeição 100% do tempo e que, quando os problemas aparecerem, o casal precisará ter um jogo de cintura para contorná-los e continuar a relação saudável. “O relacionamento perfeito não existe sozinho, são as pessoas envolvidas que conseguem manter essa relação cada vez melhor”, explica a psicanalista Taty Ades. Vida sexual muda a partir de pequenos gestos “A vida sexual irá esquentar espontaneamente a partir de pequenos gestos como um mimo, presentes simbólicos que representam seu carinho, um elogio de admiração, um bom dia com um beijo, um jantar à luz de velas e outras situações de conquista e carinho”, garante o psicólogo e coaching amoroso da Agência FreeLove, Rafael Higino.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


CONSIDERAÇÕES ACERCA DA TEORIA DO CONHECIMENTO

(Traduzido por Leon Alves Corrêa do Original de Emídio Navarro, PT)


O fenómeno do conhecimento é, ao mesmo tempo, um dos mais banais e dos mais difíceis de esclarecer. Pode dizer-se que desde que o homem é homem houve acontecimentos, mas só já numa fase adiantada da evolução humana é que se reflectiu sobre o próprio acto de conhecer. De princípio, conhecem-se simplesmente as coisas e julga-se que elas se conhecem tais como são; não se pensa no acto do espírito pelo qual se obtém o conhecimento. Mais tarde, o homem verificou que os sentidos e a própria inteligência erravam e, por isso, começou a desconfiar e a pôr em dúvida o valor do seu conhecimento. Foi esta experiência do erro que obrigou o espírito a voltar-se das coisas para si próprio, a fim de analisar o próprio acto de conhecimento, saber o que ele é, determinar a sua essência, descobrir o seu mecanismo e resolver o problema do seu valor. Esta marcha crítica, quanto ao conhecimento, é obra essencialmente filosófica e só apareceu, quando o espírito humano atingiu um certo desenvolvimento - foi destas reflexões que nasceu a teoria do conhecimento ou gnosiologia, que se designa geralmente por problema crítico. A teoria do conhecimento tem precisamente por objecto o estudo da possibilidade do conhecimento, da sua origem da sua natureza ou essência, do seu valor e limites e, ainda, do problema da verdade. O acto de conhecer é a actividade do espírito pela qual se representa um objecto ou uma realidade. É um acto do espírito e não uma simples reacção automática mais ou menos adaptada às circunstâncias; não é propriamente um acto de conhecimento o sentar-me na cadeira, mas sim o saber porque me sento e como me sento. O resultado do acto de conhecer é uma representação e, portanto, conhecer é representar alguma coisa distinta do sujeito que conhece.


Há, por conseguinte, no conhecimento três elementos: o sujeito que conhece, o objecto conhecido e a relação sujeito - objecto. Este objecto pode ser exterior ao sujeito, como por exemplo, a caneta com que escrevo; pode ser interior, como a maior tristeza ou o meu pensamento; e pode, ainda, identificar-se com o próprio sujeito, como ao procurar conhecer-me a mim próprio. Mas mesmo no caso de identificação do sujeito com o objecto, não deixam de existir aí os três elementos referidos, pois o "eu" que é conhecido apresenta-se ao "eu' conhecedor como uma realidade distinta, mas em relação com ele. A história da filosofia mostra-nos que os problemas do conhecimento interessaram mais ou menos todos os filósofos desde a velha Grécia, mas sem constituírem uma parte autónoma da filosofia. Com efeito, a teoria do conhecimento ou gnosiologia, como disciplina própria, só apareceu na Idade Moderna, a partir de Locke, que, no seu livro "Ensaio sobre o entendimento humano", tratou directamente da origem, natureza e valor do conhecimento. Desde então, a teoria do conhecimento mereceu as atenções de muitos filósofos que nela têm visto uma das partes da filosofia, com o seu valor e lugar próprio no conjunto dos problemas filosóficos.

A teoria do conhecimento abrange, p

ortanto os seguintes problemas: 1- Possibilidade do conhecimento: É possível conhecer a verdade e possuir a certeza? Ou, ao contrário não podemos passar as dúvida?- Dogmatismo, Cepticismo, Criticismo. 2- Origem do conhecimento - o nosso conhecimento procede apenas da experiência? Ou só da razão que usa certos dados chamados apriorísticos para organizar a experiência ? Ou ainda procederá o conhecimento da experiência e da razão ? - Empirismo, Racionalismo e Empírico-racionalismo. 3- Natureza ou essência do conhecimento - o conhecimento será uma representação ou modificação do sujeito, provocado pelos objectos existentes, independentemente do sujeito conhecedor ? Ou uma modificação puramente subjectiva criada pela consciência? - Realismo e Idealismo. 1- O PROBLEMA DA POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO: Refletir sobre o conhecimento consiste em questionar o mesmo, o que significa que a própria problematização do conhecimento implica também questionar o valor dos conhecimentos humanos, ou seja, indagar sobre os critérios que permitem reconhecer uni conhecimento como verdadeiro. O que é que assegura ao homem que dado conhecimento é verdadeiro e não falso ? O homem pode conhecer a realidade e ter a certeza daquilo que conhece ? Qual é então o critério que lhe permite reconhecer a verdade ? A estas questões os filósofos foram respondendo de modos diferentes, dando origem a diferentes concepções teóricas, das quais se destacam duas teorias opostas: uma afirmativa - oDogmatismo -, e outra negativa - o Cepticismo. 1.1 O Dogmatismo O dogmatismo é a doutrina que admite a possibilidade do conhecimento certo. Assim como o realismo é a atitude natural do homem face ao mundo, o mesmo é válido para o dogmatismo: a percepção de um qualquer objecto leva-o a crer, naturalmente, na existência do mesmo não pondo sequer a dúvida de que o conhecimento desse objecto possa ser posto em causa. O dogmatismo corresponde, portanto, à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade, assim como para ter a certeza de que a alcançou, pois considera que existem critérios que lhe permitem distinguir o verdadeiro do falso, o certo do duvidoso. O dogmático não se confronta com a dúvida, na medida em que não problematiza o conhecimento, ele parte simplesmente do pressuposto da possibilidade do conhecimento, tomando este como um dado adquirido, como algo que nem sequer é posto em questão. "Dogmatikós em grego significa , "que se funda em princípios" ou ,é relativo a uma doutrina. (... ) Dogma é um ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa. Na religião cristã, por exemplo, há o dogma da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), a qual não deve ser confundida com a existência de três deuses, pois se trata apenas de um Deus é uno . Não importa se a razão não consegue entender, já que é um princípio aceite pela fé e o seu fundamento é a revelação divina. (... ) Quando transpomos esta ideia de dogma para áreas estranhas à religião, ela passa a ser prejudicial ao homem que, uma vez, na posse da verdade, se fixa nela e abdica de continuar a busca. O mundo muda, os acontecimentos sucedem-se e o homem dogmático permanece petrificado nos conhecimentos dados de uma vez por todas. Refractário ao diálogo, teme o novo e não raro torna-se intransigente e prepotente. Disse Nietzsche filósofo alemão do século XIX, que "as convicções são prisões". Quando o dogmático resolve agir, o fanatismo é inevitável. Em nome do dogma da raça ariana, Hitler cometeu o genocídio dos judeus nos campos de concentração. (ARANHA, 1993)" Aranha, e Martins, Filosofando - Introdução à Filosofia


"Dogma em grego significa, o que se manifesta como bom, opinião, decreto, doutrina. (...) Em filosofia, contudo, nunca a autoridade é, só por si, argumento decisivo: a própria verdade necessita de uma fundamentação interna que satisfaça as exigências da razão. Por isso, o termo adquiriu, frequentemente, sentido pejorativo, significando a adesão a alguma doutrina, sem prévia fundamentação crítica. O problema levantou-se. sobretudo, a propósito do problema gnosiológico.(...)" Fragata, J."Dogmatismo " in Enciclopédia Logos, p. 145 A atitude habitual do homem comum é, de certo modo, próxima do dogmatismo. Habitualmente, não nos questionamos acerca do valor do conhecimento, não pomos em causa a nossa capacidade para estabelecer a verdade em determinadas áreas, não procuramos indagar da possibilidade da relação cognitiva sujeito-objecto e dos fundamentos dessa relação cognitiva. Para o senso comum, aquele conhecimento vulgar e banal, superficial e acrítico, a existência do objecto em si não é questionada, nem sequer a adequação ou inadequação do nosso conhecimento sensivel a esse objecto: "O senso comum responde logo que sim, que esse algo existe". 1.2 O Cepticismo: O cepticismo é uma atitude pessimista que o homem tem face à possibilidade de poder alcançar um conhecimento verdadeiro; é a doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir qualquer verdade com certeza absoluta. O cepticismo, na sua forma radical, nega totalmente a capacidade do sujeito para conhecer algo verdadeiramente, o que acaba por ser uma posição insustentável e contraditória, pois ao afirmar a impossibilidade de alcançar um conhecimento verdadeiro, está já a supor uma verdade - a verdade de que não há nada de verdadeiro. Esta posição foi assumida, pela primeira vez, por volta de 270 a.C., por Pirrón. Este pensava que nada pode ser considerado verdadeiro ou falso, bom ou mau, belo ou feio, uma vez que o espírito é incapaz de afirmar ou negar seja o que for, por falta de motivos sólidos para o fazer. É, pois, de evitar afirmar ou negar o que quer que seja, isto é, deve suspender-se o juízo (epoché).


Já na Idade Moderna, Montaigne e Hume manifestaram uma atitude céptica; o primeiro no campo da reflexão ética, o segundo quanto à metafísica. De facto, o empresta David Hume, ao reduzir o conhecimento possível aos limites do observável (da experiência), nega a possibilidade de se atingir a certeza e a verdade reduzindo o conhecimento à probabilidade e plausibilidade. "Skepticós em grego significa "que observa", "que considera". O céptico tanto observa e tanto considera, que conclui pela impossibilidade do conhecimento. Confrontando as diversas filosofias, percebe que são diferentes e ás vezes contraditórias, concluindo que é impossível aderir a qualquer uma delas. Enquanto o dogrnático se apega à certeza de uma doutrina, o céptico conclui pela impossibilidade de toda a certeza e, neste sentido, considera inútil esta busca infrutífera que não leva a lugar nenhum. " Aranha, e Martins o.p.citad


1.2.1 David Hume e o Cepticismo: (...) É pois em vão que tentaremos determinar um só acontecimento, ou descobrir uma causa ou um efeito sem o auxílio da observação e da experiência. Podemos, a partir daí, descobrir a razão pela qual nenhuma filosofia razoável e modesta conseguiu alguma vez indicar a causa última de uma operação natural, nem mostrar claramente a acção do poder que produz um só efeito no universo. Há acordo geral quando se afirma que o esforço último da razão humana é o de reduzir os princípios que produzem os fenómenos naturais a uma maior simplicidade e os numerosos efeitos particulares a um pequeno número de causas gerais por meio de raciocínios tirados da analogia, da experiência e da observação. Mas será em vão que tentaremos descobrir as causas destas causas gerais; e nunca ficaremos satisfeitos com uma explicação particular. Estas causas e estes princípios últimos serão sempre completamente subtraídos à curiosidade e investigação do homem.» D. Hume, Ensaio sobre o entendimento humano, 2- O PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO: De onde nos vêm as representações que nos servimos para compreender a realidade? De onde procede, fundamentalmente, o conhecimento ? Para que o conhecimento se possa considerar um autêntico conhecimento, é preciso que seja universal e necessário e, ao mesmo tempo, se aplique à realidade, que é singular e contingente. De onde deriva o conhecimento, de modo a satisfazer estas duas condições ? Se procede apenas da experiência satisfará a segunda, mas não a primeira - se é obtido só pela razão, terá carácter universal e necessário, mas não valerá da realidade. Foi esta dificuldade que dividiu todos os filósofos em duas correntes opostas Empirismo e Racionalismo -, que o Empírico - Racionalismo procura conciliar. O Empirismo diz-nos que o conhecimento provém fundamentalmente da experiência sensível e a esta se reduz, não podendo elevar-se acima dos dados experimentais - por isso se diz que o conhecimento é "a posteriori". O Racionalismo, pelo contrário, valoriza, sobretudo a razão, que organiza, unifica e dá sentido aos dados recebidos espontaneamente da consciência. O Racionalismo, não encontrando na experiência, singular e concreta, explicação para o carácter geral e abstracto do conhecimento, afirma que a razão recebe certas ideias gerais que lhe servem para conhecer a realidade, ou cria certos dados chamados apriorísticos, com os quais organiza e interpreta a experiência - por isso se diz que o conhecimento é "a priori". Finalmente, a corrente Empírico-racionalista afirma que o conhecimento procede da experiência, mas não se reduz à experiência, para estes o conhecimento resulta dum processo de transformação de uma matéria prima dada pelos sentidos e elaborada pela capacidade organizacional do sujeito. 2.1 O Racionalismo: Descartes, Leibniz e Spinoza são alguns dos representantes do racionalismo. Esta doutrina filosófica afirma que o conhecimento humano tem a sua origem na razão, que possui, ou representações inatas, ou capacidade de criar representações (Ideias gerais) dos objectos, às quais a realidade se submete. Deste modo, é sobre as ideias inatas que (segundo Descartes são as únicas que obedecem ao critério da clareza e da distinção) se constitui um conhecimento que pode ser considerado verdadeiro porque logicamente necessário e universalmente válido. Os juízos determinados pela experiência não apresentam essas características, por isso, concluem os racionalistas, o verdadeiro conhecimento não pode fundamentar-se na experiência, mas sim na razão. A matemática, um conhecimento predominantemente conceptual e dedutivo, é o modelo de conhecimento que serviu de base à interpretação racionalista, pois todos os conhecimentos matemáticos derivam de alguns conceitos gerais tomados como ponto de partida dos quais se concluem todos os outros, de acordo com as leis do pensar correcto, que foram definidas, como sabemos, pela ciência da lógica. 2.2 O Empirismo: Enquanto que os filósofos racionalistas adoptam as matemáticas como o modelo de conhecimento a construir, Locke, Berkeley e Hume adoptam as ciências experimentais como modelo de conhecimento. Daí que todo o conhecimento comece pelos dados oriundos da experiência sensível, ao mesmo tempo que negam que a razão possua ideias inatas. Vejamos agora um texto muito célebre, no qual Locke retoma a antiga tese da alma como "tábua rasa", na qual só a experiência inscreve conteúdos: "Admitamos pois que, na origem, a alma é como que uma tábua rasa, sem quaisquer caracteres, vazia de ideia alguma: como adquire ideias? Por que meio recebe essa imensa quantidade que a imaginação do homem, sempre activa e ilimitada, lhe apresenta com uma variedade quase infinita? Onde vai ela buscar todos esses materiais que fundamentam os seus raciocínios e os seus conhecimentos? Respondo com uma palavra: à experiência. É essa a base de todos os nossos conhecimentos e é nela que assenta a sua origem. As observações que fazemos no que se refere a objectos exteriores e sensíveis ou as que dizem respeito às operações interiores da nossa alma, que nós apercebemos e sobre as quais reflectimos, dão ao espírito os materiais dos seus pensamentos. São essas as duas fontes em que se baseiam todas as ideias que, de um ponto de vista natural, possuímos ou podemos vir a possuir." John Locke, Essay concerning human understanding, Collins, Livro 1, cap. II, p. 68 De facto, os empiristas, para justificarem a sua posição, vão buscar os argumentos às ciências experimentais, à evolução do pensamento e do conhecimento humanos. Ou seja, se as ideias fossem inatas, como pretendem os racionalistas, como justificar a sua ausência nas crianças? Por outro lado, nas ciências experimentais o conhecimento resulta da observação dos factos, na qual a experiência desempenha um papel fundamental. Deste modo, os empiristas são levados a privilegiar a experiência em detrimento da razão.


2.3 O EMPÍRICO - RACIONALISMO: Nem o racionalismo nem o empirismo são respostas totais aos problemas que pretendem resolver. O racionalismo opõe-se ao empirismo, e a doutrina empírico-racionalista representa uma tentativa de estabelecer a mediação entre estas duas, afirmando que o conhecimento se deve à comparticipação da experiência e da razão. O maior representante desta corrente é Kant, um filósofo alemão do séc. XVIII, que abordou a questão da origem do conhecimento procurando conciliar as duas doutrinas acima referidas - de facto, para Kant, todo o conhecimento começa na e pela experiência, mas não se limita a ela. Os elementos múltiplos, diversos e contingentes fornecidos pela experiência são integrados em conceitos que o próprio entendimento possui a priori. Deste modo, a experiência fornece a matéria, o conteúdo do conhecimento, enquanto que o entendimento lhe dá uma certa forma; o que significa que o conhecimento é sempre o resultado da junção de uma forma com uma matéria. 2.3.1 O apriorismo ou criticismo de Kant Kant vai analisar criticamente ambas as doutrinas - o racionalismo e o empirismo -, concluindo da insuficiência de cada uma delas, se perspectivadas de um ponto de vista disjuntivo. Porém, se se conciliarem, talvez resolvam mais satisfatoriamente os problemas. Kant considera, pois, que o conhecimento não pode fundamentar-se unicamente na razão, como pretendiam os racionalistas, mas também não pode reduzir-se unicamente aos dados da experiência. Esta é antes fonte dos dados recebidos pela nossa sensibilidade, mas devidamente organizados por determinados conceitos existentes no nosso conhecimento, conceitos que não derivam da experiência, pois são-lhe independentes o anteriores - são os conceitos puros do entendimento, a priori, e daí chamar-se apriorismo à doutrina desenvolvida por Kant. Então, para Kant, o conhecimento é como que o resultado de um processo de transformação de uma matéria prima dada pela experiência e apreendida pelo entendimento como tendo determinada significação. "0 nosso conhecimento procede de duas fontes fundamentais do espírito: a primeira é o poder de receber as representações (a receptividade das impressões), a segunda, o de conhecer o objecto por meio dessas representações (espontaneidade dos conceitos). Pelo primeiro, um objecto é-nos dado; pelo segundo, ele é pensado em relação com esta representação (como simples determinação do espírito). Intuição e conceitos constituem, portanto, os elementos de todo o nosso conhecimento; de maneira que nem os conceitos sem uma intuição que lhes corresponda de algum modo, nem uma intuição sem conceitos, podem dar um conhecimento. (... ) Se chamamos sensibilidade à receptividade do nosso espírito, a capacidade que tem de receber representações na medida em que é afectado de alguma maneira, deveremos, em contrapartida, chamar entendimento à capacidade de produzirmos nós mesmos representações ou à espontaneidade do conhecimento. A nossa natureza implica que a intuição não pode nunca ser senão sensível , quer dizer, que contém apenas a maneira como somos afectados pelos objectos, enquanto o poder de pensar o objecto da intuição sensível é o entendimento. Nenhuma destas duas propriedades é preferível à outra." Kant, Crítica da Razão Pura Quer isto dizer que se não pode haver conhecimento sem experiência, continuamos a não ter conhecimento se nos limitarmos exclusivamente a esta. O mesmo se passa em relação à razão. Como sabemos, o verdadeiro conhecimento é aquele que, para além de permitir a sua adequação ao real que se quer conhecer, é também universalmente válido e necessário. O primeiro aspecto pressupõe a experiência como modo do homem contactar com a realidade, o segundo aspecto advém-lhe do facto de existirem conceitos e categorias que são a priori e, como tal, possuem as características de universalidade e de necessidade. 2.3.2 O Construtivismo de Piaget Como apontamento final, não podíamos deixar de referir aqui a teoria operatória ou psicogenética de Piaget, que contribuiu igualmente para a compreensão do fenómeno de conhecimento como construção: tal como Kant, também Piaget considera que o conhecimento resulta dum processo de transformação de uma matéria prima dada pelos sentidos e elaborada pela capacidade organizacional do sujeito; pelo que a sua teoria se enquadra na corrente empírlco-racionalista de que temos vindo a ocupar-nos. Como já vimos, Piaget no nosso século, retoma a ideia do conhecimento como uma construção por parte do sujeito a partir dos dados fornecidos pela experiência, procurando a sua justificação psicológica. Ao estudar como se formam as estruturas e as categorias que permitem o funcionamento da inteligência, Jean Piaget dá ao apriorismo de Kant uma versão biologista. Segundo a teoria operatória, o organismo tem que possuir determinadas características que tornem possível a troca de informação com o meio e a construção de conhecimento que, deste modo, não é dado nem é cópia do real. O conhecimento é, assim, fruto de uma interacção entre o sujeito e o meio implicando, por um lado a experiência sensível e, por outro, as estruturas cognitivas de que todo o sujeito é dotado e que lhe permitem construir o seu conhecimento com base nessa mesma experiência. 3. O PROBLEMA DA NATUREZA DO CONHECIMENTO: Em todo o acto de conhecimento, como vimos, podemos considerar três elementos: o sujeito que conhece, o objecto conhecido e a relação entre o sujeito e o objecto. Para conhecer, o sujeito tem como que sair de si mesmo para ir ao encontro do objecto e apreender as suas propriedades, de modo a representá-lo no espírito. O conhecimento apresenta-se, assim, como uma representação na consciência. Pode perguntar-se agora: essa representação foi provocada pelo objecto existente fora do sujeito? Neste caso, o conhecimento tem valor objectivo, porque atinge uma realidade que existe independentemente da nossa representação; o conhecimento é a representação das coisas de facto existentes. Ou essa representação será simplesmente uma criação da nossa consciência, à qual nada corresponde fora do sujeito ou, se corresponde, é como se não existisse, porque não pode conhecer-se? O conhecimento, assim, terá unicamente valor subjectivo; representará as modificações subjectivas e atingirá os nossos estádios de consciência. Ora, perguntar pela natureza do conhecimento consiste precisamente em indagar qual dos dois pólos, sujeito ou objecto do conhecimento, é determinante; ou seja, se o que se conhece directamente é a representação do real, poder-se-á considerar que se conhece efectivamente o real ou apenas a sua representação, a sua imagem? Em resposta a esta perguntas temos duas teorias opostas: o Realismo e o Idealismo.


3.1 O Realismo: A nossa atitude habitual é acreditar que existe um mundo de objectos físicos que existem independentemente do facto de estarem a ser percebidos por um sujeito, que são causa das nossas percepções e que estas nos dão a conhecer o mundo tal como ele é em si. Esta atitude é habitualmente designada por Realismo. doutrina que afirma que por meio do conhecimento atingimos uma realidade distinta da nossa representação e independente dela, mas que lhe corresponde. Por outras palavras, o realismo admite a existência da realidade exterior (ou do mundo externo) como sendo coisa distinta do pensamento ou das nossas representações, o que significa que, para o realismo, o nosso conhecimento atinge a própria realidade e não apenas as representações subjectivas - atinge o que é, e não o que pensamos que seja. "0 homem da rua, que não reflectiu muito sobre o problema da percepção e do mundo físico, é realista: crê que existe um mundo físico que está aí, quer o percebamos ou não, e que podemos saber diversas coisas sobre ele. As cinco crenças seguintes parecem ser partilhadas por todos os seres humanos, e o conjunto constituído pelas quatro primeiras fundamenta a opinião que, às vezes, se denominou "realismo ingénuo". 1. Existe um mundo de objectos físicos (árvores, edifícios, colinas, etc.). 2. Pode conhecer-se a verdade dos enunciados acerca destes objectos por meio da experiência sensorial. 3. Estes objectos não só existem quando estão a ser percepcionados, como também quando não estão a ser percepcionados. São independentes da percepção. 4. Por meio dos nossos sentidos, percepcionamos o mundo físico quase tal qual ele é. Em geral, as nossas pretensões ao seu conhecimento, estão justificadas. As impressões que temos das coisas físicas nos sentidos, são causadas por essas mesmas coisas físicas. Por exemplo, a minha consciência da mesa é causada pela própria mesa. Porém, não há uma única destas proposições que não tenho sido questionada por pessoas que sobre elas pensaram de modo sistemático. Qual poderia ser a base da sua dúvida ?" 3.2 O ldealismo: Contrariamente ao realismo, o idealismo afirma que o objecto de conhecimento é produto do espírito, o que significa que o conhecimento é produto do sujeito e que as coisas não são mais do que conteúdos de consciência. Berkeley, por exemplo, pensava que o mundo exterior que percepcionamos só existe na nossa percepção. Daí a expressão: esse = percipi, isto é, há uma identidade entre o ser de algo e o ser apercebido. O idealismo não nega propriamente a existência do mundo externo, mas reduz este às representações, ou seja, ao pensamento, às ideias. Como tal, o nosso conhecimento atinge apenas as modificações subjectivas e não a própria realidade - atinge o que pensamos e não o que é.


"Chama-se idealismo a toda a doutrina - e às vezes a toda a atitude - segundo a qual o mais fundamental, e aquilo pelo qual se supõe que se devem orientar as acções humanas, são ideais - realizáveis ou não, mas quase sempre imaginados como realizáveis. Então, o idealismo contrapõe-se ao realismo, entendido como a doutrina - e às vezes a atitude - segundo a qual o mais fundamental, e aquilo pelo qual se supõe que se devem orientar as acções humanas são as 'realidades' - as 'duras realidades' (... ). Considerando, pois, o idealismo como idealismo moderno e tendo em conta que o ponto de partida do pensamento idealista é o sujeito, pode dizer-se que este constitui um esforço para responder à pergunta: 'Como podem, em geral, conhecer-se as coisas ?' (... ) Para o idealismo, 'ser' significa primariamente 'ser dado na consciência, no sujeito, no espírito', 'ser conteúdo da consciência, do sujeito, do espírito', 'estar contido na consciência, no sujeito e no espírito.' Mora, J.F., Dicionário de Filosofia, tomo I 4- O PROBLEMA DO VALOR DO CONHECIMENTO: Posto isto, podemos agora perguntarmo-nos: o nosso conhecimento intelectual terá valor objectivo e absoluto, ou apenas valor subjectivo e relativo ? Terá valor objectivo se atingir o real, a essência das coisas, os objectos, tendo também, assim, um valor absoluto, pois sendo imutável a realidade essencial, também o respectivo conhecimento terá carácter absoluto - realismo. Terá carácter subjectivo, se apenas atingir as modificações subjectivas, a maneira como pensamos a realidade, o que as coisas são para nós e não a própria realidade em si e, por isto, também terá valor relativo, porque vale só para nós e para todos os seres constituídos como nós - relativismo. O valor e limites do conhecimento estão dependentes da atitude que se tomar quanto à sua origem e à sua natureza. Assim, o empirismo, o racionalismo. e o idealismo são teorias relativistas, enquanto que o empírico-racionalismo e o próprio realismo conferem ao conhecimento valor absoluto. Senão vejamos: • para o Empirismo, o conhecimento tem um valor relativo; não só porque varia com a experiência (o que é verdadeiro para a experiência deste mundo poderá não o ser para um mundo diverso), mas porque se limita a conhecer os fenómenos e, por isso, vale só para o mundo constituído pelos fenómenos. • para o Racionalismo, a realidade é interpretada em função de certos dados da razão que traduzem as possibilidades do espírito humano nesse sentido e, assim, o seu valor também é relativo, urna vez que é válido apenas para os seres que tenham uma constituição psicológica como a nossa. • para o Idealismo, o conhecimento tem valor puramente subjectivo e relativo, limitando-se o homem a conhecer apenas as suas modificações subjectivas, às quais nada de material corresponde na realidade (Berkeley), ou a conhecer as aparências da realidade - os fenómenos - e não a realidade em si - os númenos (Kant). Estas três doutrinas são, portanto relativistas Mas outras há que conferem ao conhecimento um valor objectivo e absoluto: • para o Empírico-Racionalismo e para o realismo o conhecimento tem um valor objectivo e absoluto, porque atinge o fundo da realidade ou a sua essência, não se limitando ao conhecimento das suas aparências ou das suas manifestações. De facto, para estas duas doutrinas, o conhecimento, por ser fruto de elaboração intelectual a partir das realidades percepcionadas, tem valor objectivo, porque as características gerais (ideias) que afirmamos dos indivíduos, ou das coisas, existem de facto nelas. O mundo do conhecimento não é, portanto, uma cópia do mundo real, mas é uma construção intelectual e técnica, a partir dessa mesma realidade. É conveniente precisar em que sentido é que o conhecimento do homem tem valor absoluto. Quando falamos no conhecimento como valor absoluto, não estamos a dizer que conhecemos a realidade total e perfeitamente, pois, sob este aspecto, o conhecimento é relativo, por estar em contínua evolução e ser maior para uns do que para outros. A verdade total é uma aspiração que se impõe tanto mais quanto maior for o número de conhecimentos que se possui. Isto significa que é o conhecimento da verdade que varia, e não a própria verdade. A verdade de hoje será sempre verdade; se o é para um indivíduo, sê-lo-á para todos, de todos os tempos e lugares - é neste sentido que afirmamos que o conhecimento tem um valor absoluto. O que é realmente verdadeiro ficará sempre verdadeiro e será integrado em novos conhecimentos, uma vez que o homem, sempre sedento de conhecer, vai descobrindo na realidade - novas propriedades e, assim, vai enriquecendo o seu conhecimento - é assim que funciona o conhecimento científico que, nesse sentido, é dinâmico e está em perpétua renovação.O que varia não é a verdade, mas o nosso conhecimento acerca dessa verdade.