UMA REFLEXÃO SOBRE A ESCALADA DA VIOLÊNCIA EM QUIRINÓPOLIS
Leon Alves Corrêa
É Professor da UEG (Câmpus Itumbiara) e da Faculdade Quirinópolis.
A RESPONSABILIDADE PELA SEGURANÇA PÚBLICA
De acordo com a nossa Constituição Federal em seu Capítulo III, que trata sobre segurança, destaca em seu Art. 144 que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem. A Constituição Federal ainda enfatiza que a responsabilidade principal pela segurança pública cabe aos governos estaduais. São eles os executores das ações de segurança, além de construírem e cuidarem das prisões estaduais. Para isso contam com a Polícia Militar - que faz o policiamento ostensivo e preventivo e a manutenção da ordem pública; a Polícia Civil, que busca obter provas materiais e identificar os autores dos crimes para que eles sejam denunciados à Justiça; e o Corpo de Bombeiros Militar - força encarregada de prevenção e combate a incêndios, de busca e salvamento, e de ações de defesa civil. No entanto tem sido notório em nossa cidade, devido a estrondosa escalada da violência nos últimos anos a utilização de argumentos carregados de intenções políticas que atribuem a Prefeitura essa prerrogativa.
A FUNÇÃO DAS PREFEITURAS - Embora a constituição não atribua tacitamente ao município a função de zelar pela segurança pública, as prefeituras têm o dever de colaborar por meio do planejamento urbano, do combate ao uso indevido do solo, da oferta de serviços públicos como escolas, áreas de lazer e esportes, iluminação, asfalto, etc., e de programas sociais que desestimulem a violência, em Quirinópolis o programa Jovem do Futuro, tem sido o grande destaque da atual gestão, envolvendo diretamente milhares de crianças e adolescentes em um projeto inovador e de grande repercussão social. Cabe às cidades evitar o surgimento de espaços que, pela ausência do poder público, sejam dominados por organizações criminosas e de difícil acesso às forças policiais. Outra ação da Prefeitura que merece destaque no combate a escalada da violência, foi a criação da Guarda Municipal, embora a Constituição limita o seu âmbito de ação exclusivamente para proteger bens, serviços e instalações dos municípios, em Quirinópolis, a simples presença da viatura da Guarda Municipal, nas ruas, sobretudo nas proximidades de escolas e prédios público tem inibido destacadamente a incidência de ocorrências policiais que se caracterizam por crimes associados a violência.
AS POSSÍVEIS ORIGENS E CAUSAS DA VIOLÊNCIA EM QUIRINÓPOLIS - Para entender as possíveis origens dessa escalada é preciso antes entender que para um bom funcionamento do sistema de segurança nas cidades, deve-se priorizar em um grande esforço de cooperação e integração entre os governos, acima de divergências políticas. A população também tem que se engajar nesse esforço, que não pode ser usado apenas como argumento de campanha eleitoral, mesmo sabendo toda a complexidade que reveste o termo “violência”. Em 2015 os índices de Violência, sobretudo a associada aos homicídios, tem tirado o sono dos Quirinópolinos. Os seus impactos são devastadores, seja na generalizada sensação de insegurança, indo dos traumas promovidos nas famílias das vítimas, bem como no sentimento de incapacidade dos poderes constituídos responsáveis pela manutenção da ordem e da tranquilidade. Outro aspecto que não pode ser esquecido é o de que a violência tem várias faces. Na verdade, a violência urbana é apenas uma delas, entre desarticulação familiar, tráfico de drogas, richas pessoais e tantas mais. O ângulo aqui abordado é um dos mais discutidos e controvertido de nossos tempos. Entender a violência em Quirinópolis, está acima das questões políticas locais, até porque ela se expressa por meio de níveis cada vez mais elevados de criminalidade, da sujeição freqüente ao domínio dos instintos selvagens e bárbaros, do crime organizado, repetindo, principalmente em torno do tráfico de drogas, dos atos despidos de qualquer civilidade – aqui se compreendem também a constituição de gangues e acerto de contas entre marginais. Não há como ainda não citar, a chamada cultura de massa e um setor da mídia, irresponsável e sensacionalista, alimentam essas tendências de comportamentos, incentivando a violência por meio de filmes, músicas (funk ostentação/depravação), novelas, um jornalismo irresponsável preocupado apenas com uma audiência crescente, entre outros.
Tanto fizeram (se aproveitaram) e continuam fazendo (continuam se aproveitando), tanto biistas quanto bonifacistas, prometem, corrompem, compram, e compram porque alguns vendem ou se vendem. Religiosos desacreditados, agentes de segurança pública desmoralizados. É, a coisa está cada dia mais feia! Mas não se preocupem, ano que vem será ano de eleição, aí os candidatos à reeleição vão tentar convencer a maioria da população de que não está tão ruim, que é tudo invenção da oposição. E a chamada "oposição" dirá que vai fazer e acontecer. Tudo como sempre foi, ano após ano, eleição após eleição. O "povo" carrega nos ombros os vencedores da eleição. Nada muda para melhor, só fica cada vez pior. E pensar que a solução é tão simples, basta nós acreditarmos que a solução tem que partir de nós: tendo bom senso, deixando o egoísmo de lado, procurando fortalecer o direito coletivo ante o individual, entendendo que apadrinhamento, tão comum nas "melhores famílias", não é nada bom, que o que eu não quero para mim, não posso querer que aconteça ou que façam com os outros. É simples, mas depende de cada um de nós, é preciso perseverança, fé, confiança no próximo, humildade, mas com prudência. É preciso deixar de lado a vaidade, o orgulho, a soberba. Temos um bom exemplo a seguir. Infelizmente a falta de escrúpulos de alguns, que usam o seu nome mas que não procedem conforme os seus ensinamentos, tem deixado as pessoas cada vez mais afastadas das Igrejas, o que dificulta com que essas entidades contribuam na orientação e formação das crianças e jovens. É claro que vivemos outros tempos, a informação chega pra todos ininterruptamente, de todos os lados e por vários meios. Não é fácil saber como filtrar, pois chega coisa boa, mas chegam coisas que não ajudam em nada e que podem atrapalhar e muito no desenvolvimento das crianças principalmente. Mas temos que seguir. Sendo assim, o que acho que deveríamos fazer: pensar bem e analisar bastante antes de acreditar no que os meios de comunicação de massa nos fornecem, pois esses veículos tem seus donos, que na maioria das vezes estão relacionados (comprometidos) com agentes públicos ou agentes políticos (com toda a certeza de que não estão comprometidos com o povo, com o cidadão comum, que trabalha, que paga impostos e que passa por dificuldades), temos que nos lembrar que existe o interesse pelo poder, pelo financeiro, que sempre pode estar por trás do que se parece inofensivo e desinteressado. Resumindo, tire suas próprias conclusões, depois de analisar e escutar diversas opiniões, não seja uma “Maria vai com as outras”, não vá na onda só porque está na moda, tenha opinião própria, não seja alienado. Afinal, alguns (os dominantes – colonizadores, os donos do nosso país) nunca quiseram que tivéssemos pensamentos próprios, sempre quiseram pensar por nós, nos dizer o que deveríamos fazer, desde em quem votar (se algo não saísse como queriam aí nos diziam que deveríamos ir às ruas e blá, blá, blá...), e agora estão muito incomodados com a possibilidade de perder esse poder de manipulação, poder de alienação.
ResponderExcluirO seu texto é tão confuso, truncado e pseudo moralista quanto o seu nome, ou pseudo nome (ou seria pseudônimo?), ah.. que bobagem, hoje utiliza-se um termo bem mais direto para referir-se às pessoas que não tem coragem de assumirem suas faces.. utilizam-se o termo Fake (falso?? ou nulo), palavra derivada do dialeto saxônico.. Pois bem meu caro, para me dirigir a você, com seu tom professoral e cheio de "soberbas", citarei Thomas Hobbes em "O Leviatã".. posso até discordar do seu ponto de vista, mas defenderei a sua possibilidade de utilizá-lo até a morte... E caso queira argumentar, fale comigo pessoalmente,.. Respeite a opinião das pessoas antes de chamá-los de alienados.. aliás acredito que pelo que observei atentamente o contexto de sua argumentação.. você tem sério equívocos quanto ao termo alienação.. que deve ser utilizado em situações muito pontuais... te aguardo garoto!!!
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