Museu Nacional da UFRJ anuncia descoberta de fóssil de pterossauro
O dinossauro tem 8,5m de envergadura e 70kg. O animal habitou a atual Chapada do Araripe, no Nordeste
O maior fóssil de pterossauro já registrado até hoje no Hemisfério Sul foi encontrado na região que hoje abriga o Nordeste do Brasil, na Chapada do Araripe. O exemplar é o terceiro maior do mundo e, por enquanto, o mais completo: o crânio e quase todo o esqueleto estão preservados. A descoberta do fóssil do animal, que media 8,5m de envergadura e pesava 70kg, foi anunciada ontem pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O modelo reconstruído em tamanho natural estará disponível para visitação pública a partir de 22 de março.
O pterossauro dominou os céus entre 220 milhões e 65 milhões de anos atrás, na Era Mesozoica. Apesar de conhecido e estudado há mais de 200 anos, sua história ainda é repleta de espaços vazios a serem preenchidos. Totalmente extinto, ele não deixou descendentes. Surgiu e desapareceu da Terra no mesmo intervalo de tempo dos dinossauros, mas, apesar da proximidade, o pterossauro não é considerado um "dinossauro de asas". Apesar de voarem, também não mantinham relação com as aves. "Os pterossauros são totalmente diferentes de absolutamente tudo que conhecemos hoje em dia", revela Alexander Kelnner, paleontólogo da UFRJ e coordenador do projeto de pesquisa.
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